Resumo:
A faixa de teores adequados de boro na cultura do café é estreita e a tolerância da cultura à toxicidade depende do tipo de solo, teor inicial no solo e da idade da planta. A superestimação no cálculo da dose de boro ou ainda o insucesso na aplicação são as causas mais comuns de toxicidade das plantas por seu excesso. Com a finalidade de obter informações sobre a tolerância do cafeeiro a este micronutriente, avaliou-se o efeito de doses de B (zero; 2,48; 4,98; 9,98; 19,95 e 39,9 kg ha-1 de B), utilizando como fonte o ácido bórico, aplicado via solo, em cafeeiro cultivar Catuaí Vermelho IAC 144 com doze meses, cultivado em solo argiloso no município de Campinas – São Paulo. Avaliou-se os teores foliares ao longo da condução do experimento, teor nos frutos e a produtividade. Após 390 dias, conclui-se que os teores foliares de boro apresentaram variações ao longo dos meses com maiores valores nos estágios chumbinho atingindo níveis de toxicidade, no entanto, sem apresentar sintomas visuais. Apesar da ausência visual de toxicidade, a produtividade do cafeeiro apresentou queda linear com a aplicação de boro, atingindo 26% ao aplicar 39,9 kg ha-1 de B.