Resumo:
O objetivo deste trabalho foi avaliar a reação de resistência das cultivares IPR 100 e Apoatã IAC 2258 em diferentes níveis de inóculo do nematoide Meloidogyne paranaensis. O experimento foi conduzido no Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR) em Londrina, PR, no delineamento em blocos ao acaso e esquema fatorial 4 x 6 (quatro cultivares e seis níveis de inoculo) com 10 parcelas de uma planta. As cultivares IPR 100, Apoatã IAC 2258 (Apoatã), Catuaí Vermelho IAC 99 (Catuaí) e Tupi IAC 1669-33 (Tupi) foram avaliadas para a resistência ao nematoide. Os níveis de inóculo utilizados foram: N1 = 0 ovos; N2 = 500 ovos; N3 = 1500 ovos; N4 = 3000 ovos; N5 = 5000 ovos; N6 = 8000 ovos. Como padrão de suscetibilidade foi utilizada a cultivar Catuaí. As mudas foram originadas de sementes de polinização aberta germinadas em areia. O inóculo foi extraído a partir de populações puras e multiplicado em plantas de tomateiro da cultivar Santa Clara e cafeeiros da cultivar Catuaí. A inoculação foi feita no momento em que as plantas atingiram três pares de folhas bem desenvolvidos. O peso fresco das raízes e o número de ovos foram avaliados 110 dias da inoculação. Com esses dados foram determinados o número de ovos por grama de raízes (NO/GR), fator de reprodução (FR) e índice de suscetibilidade hospedeira (ISH). Foram utilizadas as porcentagens de plantas resistentes e suscetíveis, segundo o ISH, para verificar se o(s) alelo(s) de resistência aos nematoides estavam em condição homozigótica. Os resultados demonstraram quantidades significativamente menores de NO/GR em IPR 100 e ‘Apoatã’ em relação às cultivares Tupi e Catuaí. Quanto ao FR e ISH as médias demonstraram reação de resistência em todos os níveis estudados para IPR 100 e Apoatã e suscetibilidade para Tupi. IPR 100 e Apoatã apresentaram 100% das plantas imunes ou resistentes, enquanto que Tupi apresentou 4% das plantas resistentes e 12% moderadamente resistentes e a cultivar Catuaí apresentou 100% das plantas suscetíveis. Neste trabalho foi possível confirmar a resistência da ‘IPR 100’ ao M. paranaensis, mesmo com níveis de inóculo mais altos como 3000, 5000 e 8000 ovos por planta.