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Felipe, Cristiane Rachel Paiva; Oliveira, Carlos Alberto da Silva; Camarano, Luciene Fróes. Efeito de três espaçamentos de cafeeiro recepado sobre a incidência e predominância das plantas daninhas. In: Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil e Workshop Internacional de Café & Saúde, (3. : 2003 : Porto Seguro). Anais. Brasília, DF : Embrapa Café, 2003. (447p.), p. 292-293. |
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O controle de plantas daninhas ocupa papel fundamental dentro das operações envolvidas no manejo e condução da lavoura cafeeira tanto pela sua influência nos custos de produção quanto pela possibilidade de evitar perdas na produtividade e qualidade do café. Assim, é fundamental que os métodos de controle adotados reduzam ao máximo a interferência das plantas daninhas no desenvolvimento do cafeeiro, apresentando custo compatível com o sistema produtivo e oferecendo segurança ao aplicador, ao meio ambiente e aos consumidores. Vários experimentos foram feitos nas últimas décadas, visando avaliar a eficácia de métodos mecânicos, químicos ou associados para o controle das plantas daninhas nos cafezais, entretanto, raros são aqueles que avaliaram o comportamento da flora daninha ao longo das estações do ano. Conhecer o comportamento da população daninha e da influência dos espaçamentos de cultivo do café sobre a mesma, é o passo inicial para o estabelecimento de um programa adequado de manejo. DEUBER (1997) associou a grande variação de espécies de plantas daninhas nos cafezais brasileiros ao fato da cafeicultura estar situada dentro da faixa climática compreendida entre 20 e 23 ° de latitude Sul, com algumas exceções no Norte e Nordeste do país. Por isso, o autor afirma que em cada caso é preciso fazer rigoroso levantamento da flora infestante e da intensidade da infestação de cada espécie antes de iniciar qualquer programa de manejo. Visando avaliar o efeito dos espaçamentos de plantio sobre a incidência e a predominância de plantas daninhas em um cafezal, da cultivar Catuaí, linhagem 144, durante o primeiro ano de produção foi conduzido em Campo Alegre de Goiás um
experimento em blocos casualizados com parcelas subdivididas, com 18 tratamentos e quatro repetições. Os tratamentos foram constituídos dos seguintes espaçamentos: 2,0 x 0,6 m; 2,0 x 1,2 m e 4,0 x 0,6 m. As seis sub-parcelas corresponderam às seguintes épocas de avaliação: 07, 09 e 11/2001 e 01, 03, e 07/2002. A área de cada parcela foi de 18 m de comprimento e 16 m de largura, totalizando 288 m 2 . Nas parcelas referentes aos espaçamentos 2,0 x 1,2 m e 4,0 x 0,6 m o número total de plantas foi de 120, enquanto nas do espaçamento 2,0 x 0,6 m foi igual a 240 plantas. Independente do espaçamento entre plantas, foi considerada como área útil das parcelas aquela destinada às 18 plantas, previamente marcadas, contidas nas duas fileiras centrais da parcela. Foram avaliadas, bimensalmente, em cada entre linha central de plantio (rua), a influência dos diferentes espaçamentos sobre os seguintes fatores: incidência de plantas daninhas e as três espécies de plantas daninhas predominantes em cada espaçamento. A hipótese científica testada foi a de que no Cerrado Goiano independentemente do espaçamento de plantio dos cafeeiros da cultivar Catuaí, linhagem 144, cultivados sob pivô central, a área das entrelinhas apresentam os mesmos padrões de incidência e predominância de plantas daninhas. Os resultados mostraram que a incidência de plantas daninhas não foi influenciada pelos espaçamentos de plantio, mas, pelo período de avaliação. Os períodos de maior incidência de plantas daninhas foram 03/2002, 09/2001 e 07/2001 e os menores 07/2002, 01/2002 e 11/2001. Os espaçamentos de plantio não influenciaram a ocorrência das plantas daninhas identificadas como primeira, segunda e terceira
espécies predominantes nos espaçamentos. Os períodos de avaliação influenciaram a ocorrência das plantas Brachiaria plantaginea, Bidens pilosa L., Eleusine indica e Digitaria horizontalis como primeira espécie predominante, de Brachiaria plantaginea, Chamaesyce hirta, Lepidium virginicum, Bidens pilosa e Digitaria horizontalis como segunda espécie predominante e de Lepidium virginicum e de Eleusine indica como terceira espécie predominante. |
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