Resumo:
Objetivou-se com este trabalho avaliar o efeito de épocas de irrigação no desenvolvimento vegetativo, florescimento, vingamento, maturação e produção do cafeeiro. O estudo foi conduzido no município de Lavras, MG, na área experimental do Departamento de Engenharia da UFLA, Lat. 21o 15’S, Long. 45o 00’W e Alt. 918m. Foram utilizados cafeeiros da cultivar Acaiá Cerrado MG-1474 com idade de 4 anos. Nestas plantas foram selecionados e marcados ramos nos quais as avaliações foram realizadas. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado com 4 repetições e os tratamentos aplicados foram irrigação nos meses: Abril a Julho (E0), Abril a Junho (E1), Abril e Maio (E2), Maio e Junho (E3), Agosto e Setembro (4), ano todo (E5) e não irrigado (E6). O método de irrigação utilizado foi o gotejamento e o manejo da irrigação foi através do Tanque Classe "A". O momento de irrigar foi quando a evaporação do Tanque Classe "A" (ECA) menos a precipitação atingiu 40mm e foi reposta esta lâmina. A adubação foi aplicada via irrigação exceto para o tratamento não irrigado que foi manual, mas todos no mesmo período e com a mesma quantidade. Avaliou-se durante o experimento as seguintes características vegetativas: comprimento, no. de folhas, no. de internódios e no. de ramificações secundárias. No período de florescimento avaliou-se: no. de botões florais e no. de flores abertas. Na fase de maturação avaliou-se: no. de frutos verdes e no. de frutos maduros. Para a produção foram avaliados: peso de frutos na colheita, peso do café em coco, peso do café beneficiado e peso da casca. Os resultados obtidos permitiram concluir que as características vegetativas avaliadas nos tratamentos não apresentaram diferenças significativas. O florescimento apresentou diferença significativa entre os tratamentos sendo que os tratamentos E0, E1 e E2 emitiram 54,6% mais flores que os E3, E4, E5 e E6. O tempo de maturação sofreu influência da irrigação sendo o E6 e E4 os primeiros a serem colhidos. A taxa de vingamento floral apresentou diferenças entre os tratamentos sendo que os tratamentos E3, E4, E5 e E6 foram superiores em relação a E0, E1 e E2. Quanto a produção, de maneira geral, não foram constatadas diferenças significativas.
Descrição:
Trabalho apresentado no Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil (3. : 2003 : Porto Seguro, BA). Resumos. Brasília, D.F. : Embrapa Café, 2003.