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Amaral, José Francisco Teixeira do; Martinez, Herminia Emilia Prieto; Cruz, Cosme Damião; Novais, Roberto
Ferreira de; Mantovani, Everardo Chartuni. Eficiência de translocação e uso de nutrientes em cultivares de cafeeiros. In: Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil e Workshop Internacional de Café & Saúde, (3. : 2003 : Porto Seguro). Anais. Brasília, DF : Embrapa Café, 2003. (447p.), p. 414-415. |
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Maior ou menor produção de frutos por unidade de nutrientes na planta pode ser explicada, entre outros fatores, por diferenças na eficiência de transporte de nutrientes para a parte aérea e/ou na produção de matéria seca por unidade de nutriente absorvido. Objetivou-se neste trabalho determinar a eficiência de translocação e uso de nutrientes por três cultivares de cafeeiro arábica, Acaiá IAC-474-19, Rubi MG-1192 e Catuaí Vermelho IAC-99 e um híbrido, Icatu Amarelo IAC-3282. Para atingir o objetivo proposto conduziu-se um experimento em condições de campo, em Viçosa-MG. Estabeleceram-se três níveis de adubação: baixo, normal (recomendado para a cultura) e alto. As plantas que constituíram o nível normal receberam N, P e K
com base na marcha de acúmulo. O Ca e Mg foram fornecidos via calcário dolomítico com base em análises do solo. O enxofre foi fornecido como elemento acompanhante de fertilizantes nitrogenados. Os micronutrientes Zn, B e Cu foram supridos por meio de aplicação foliar. Nos níveis baixo e alto, as plantas receberam, respectivamente, 0,4 e 1,4 vez a recomendação feita para o nível normal. Os nutrientes N, P e K foram aplicados ao solo localizadamente pela utilização de fertirrigação por gotejamento, com o suporte do "software" SISDA café . O experimento foi instalado em arranjo fatorial 4x3, em delineamento experimental em blocos casualizados, com 4 repetições. Aos 31 meses após o plantio, por ocasião da primeira colheita, tomou-se uma planta representativa de cada parcela experimental obtendo-se o peso de matéria seca, concentração e conteúdo de N, P, K, Ca, Mg, S, B, Cu e Zn em folhas, caules, ramos, raízes e frutos. Avaliou-se ainda, a produtividade (sacas/ha de café beneficiado). Calcularam-se as eficiências de translocação (conteúdo de nutriente na parte aérea/conteúdo de nutriente na planta toda) e uso (matéria seca total 2 /conteúdo de nutriente na planta) de nutrientes. Os dados de produtividade e eficiência de translocação e uso de nutrientes foram submetidos a análise de variância, comparando-se as variedades por meio de teste Tukey ao nível de 5% de probabilidade. Observou-se que as diferenças de produtividade entre os cultivares em estudo deveram-se a diferenças em suas eficiências de translocação de nutrientes das raízes para a parte aérea, e de uso de nutrientes na parte aérea. No ambiente com menor disponibilidade de nutrientes a variedade mais produtiva, Icatu, apresentou
eficiência de uso de P e K superiores às demais variedades, enquanto que a menos produtiva, Acaiá, apresentou eficiências de translocação de N, P e Zn inferiores às demais. Nesse mesmo ambiente a variedade Rubi apresentou eficiência de transporte de N, Cu e Zn e de uso de Zn superiores. A variedade Catuaí, apresentou baixas eficiências de uso de P, K e Zn em ambiente com restrição nutricional. No ambiente que recebeu as maiores doses de fertilizantes e corretivos, as eficiências de utilização de P, K, Mg e B respondem pelo melhor desempenho da variedade Rubi, e as de P, Mg e Zn pelo da variedade Catuaí. As baixas eficiências de uso de P, K, Mg, Zn e B respondem pela baixa produtividade da variedade Icatu. É interessante observar que as
eficiências de produção de grão por unidade de P, Ca, Mg e B acumulados na planta foi maior no nível alto de adubação. O mesmo ocorreu com as eficiências de uso de P e de Ca, enquanto as de Cu e B apresentaram maiores valores no nível normal de adubação. |
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