Resumo:
Discute-se muito hoje a oportunidade de se exportar café com maior valor agregado, tais como cafés especiais, solúvel e café torrado e moído (T&M). No caso do T&M, o volume do comércio mundial é da ordem de 5-6 milhões de sacas equivalentes de café, sendo que o Brasil exportou apenas 41 mil de sacas em 2001. Em 2002, houve expressivo aumento, tendo alcançado 69 mil de sacas, volume, entretanto, insignificante quando comparado com as exportações de café verde que atingiram quase 26 milhões no período. Esse desempenho está relacionado com questões relativas à políticas de exportação, iniciativas empresariais, preservação de empregos nos próprios países importadores etc, ou seja, fortes fatores de natureza exógena ao setor. No entanto, existem também as varáveis endógenas que condicionam tal performance, como, por exemplo, a estruturação da cadeia produtiva e o nível tecnológico das empresas industriais. O presente estudo teve como objetivo estudar o estado da arte e competitividade da indústria de café T&M. Foram consultadas mais de 500 empresas distribuídas por todo território nacional, sendo que desse total 126 indústrias se dispuseram efetivamente a colaborar, respondendo aos questionários. A pesquisa concluiu que existe um grupo de empresas que do ponto de vista tecnológico está em condições tanto de enfrentar a concorrência de empresas multinacionais que aportam no Brasil, segundo consumidor mundial, e até de exportar café T&M.
Descrição:
Trabalho apresentado no Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil (3. : 2003 : Porto Seguro, BA). Resumos. Brasília, D.F. : Embrapa Café, 2003.