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Abreu, Guilherme Miranda; Luna, Rosemar Martins; Sette, Ricardo de Souza. Café na merenda escolar: pesquisa com professores do ensino fundamental. In: Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil e Workshop Internacional de Café & Saúde, (3. : 2003 : Porto Seguro). Anais. Brasília, DF : Embrapa Café, 2003. (447p.), p. 368-369. |
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O café foi o responsável direto pelo crescimento e industrialização do país. Suspeitava-se que o tradicional café matutino tinha perdido significância nos últimos anos, sendo substituído por sucos e achocolatados. Suspeitava-se também que entre vantagens e desvantagens do café, poderia ter ocorrido que a população julgasse que os malefícios eram superiores aos benefícios e em decorrência disso, que professores não tivessem uma boa imagem sobre o café como alimento. O marketing apresenta-se como um instrumento de compreensão do comportamento do consumidor envolvendo um fascinante complexo de fatores psicológicos como: crenças e atitudes referentes à socialização e comportamento, além de fatores pessoais que envolvem variáveis demográficas e sócio-econômicas. Várias pesquisas têm sido feitas com o café na área de saúde e os resultados até o momento estão apontando o papel positivo da bebida, como uma importante arma contra o álcool, as drogas e doenças como a AIDS e o câncer. Acreditando-se que a merenda escolar pode influenciar os hábitos alimentares dos alunos e que professores e educadores transmitem às crianças e adolescentes conceitos sobre quais alimentos ou bebidas fazem bem à saúde, objetivou-se, nessa pesquisa, avaliar qual o significado do café para professores de ensino fundamental como objetivo geral. Como objetivos específicos buscou-se identificar qual a associação que estabelecem entre café e saúde; qual a opinião dos professores sobre a possível implantação na merenda escolar; qual a relação que estabelecem entre o café e o atleta e o que acham sobre as formas de socialização do café. A pesquisa foi realizada em 8 cidades do sul de Minas, em escolas estaduais, onde foram aplicados 364 questionários. Os resultados demonstraram que do total de professores entrevistados, a maioria, 96,5% o bebem regularmente e adquiriram o hábito de tomá-lo em casa. Quanto à implantação do café na merenda escolar, a maioria dos professores o indicaria na merenda escolar. A maioria dos professores não considera que o café faz mal a saúde, já que não concordam que o café pode provocar ansiedade, gastrite, úlcera e taquicardia. Quanto à relação entre café e atleta, em função do pouco tempo de introdução do café na merenda das escolas no Sul de Minas, não foi possível identificar essas relações. Quanto aos aspectos de socialização do café, os professores concordam plenamente com o fato de
que o café se constitui numa atividade de socialização no sentido de fixação de mão-de-obra no campo, geração de emprego, distribuição de renda, desenvolvimento da região e na melhoria da qualidade de vida. Sobre as afirmações: O café é um bom acompanhante de pão, leite e manteiga. Desperta e mantém acordado. Estimula e dá energia. Ajuda a pensar e dá uma sensação de bem estar. Observou-se uma maioria de concordância entre os professores. Na questão café não é um produto prático, 58% dos entrevistados discordaram totalmente com esta afirmação. Em relação à questão em que refrigerantes e sucos são bons substitutos do café, 44% discordaram totalmente com a afirmativa, 23% concordaram em parte, 14% discordaram em parte, 10% concordaram totalmente com a afirmação, 7% nem concordaram nem discordaram e 2% não responderam a esta questão. Não foram observadas crenças muita definidas na questão em que café não se olha preço, acalma os nervos e relaxa, evita ou diminui a dor de cabeça, previne a depressão, torna a pessoa menos irritável. Ao final da pesquisa pode-se concluir que o consumo de café não perdeu significância junto aos professores de ensino fundamental das escolas de 8 cidades do sul de Minas, que concordam com sua inclusão na merenda escolar, que têm uma boa imagem do produto e concordam com a sua importância na distribuição de renda, geração de empregos e melhoria da qualidade de vida. |
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