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Francisco, Vera Lúcia dos Santos; Vicente, Maria Carlota Meloni. Aspectos sócio-econômicos das unidades de produção agropecuária (UPAs) produtoras de café no estado de São Paulo. In: Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil e Workshop Internacional de Café & Saúde, (3. : 2003 : Porto Seguro). Anais. Brasília, DF : Embrapa Café, 2003. (447p.), p. 365-366. |
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O Estado de São Paulo é tradicional produtor de café com 247,5 mil ha, produção de 4,7 milhões sacas de 60 kg de café beneficiado e valor da produção de R$ 456,7 milhões, em 2002. Além da dimensão econômica, é importante salientar a relevância do desenvolvimento da cultura cafeeira em conciliar o crescimento econômico com o emprego da mão-de-obra rural, bem como viabilizar a produção familiar. O objetivo do presente trabalho é desenvolver uma metodologia para acompanhamento sistemático de aspectos sócio-econômicos da cafeicultura paulista com base em levantamento estatístico por amostragem, efetuado pelo Instituto de Economia Agrícola (IEA) e pela Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI), que tem por finalidade obter informações sobre a agropecuária no Estado de São Paulo. Os informes específicos para a cultura do café foram obtidos através de tabulações especiais, selecionando-se as UPAs que informaram o cultivo do produto. Foram analisados indicadores sobre o total de habitantes, o número de pessoas ocupadas em atividades agrícolas e não agrícolas, por categoria de trabalho e faixa etária, os salários pagos aos trabalhadores, a diversificação de cultivos bem como aspectos sobre a administração das UPAs relativos à junho (2001 e 2002) e novembro (2000 e 2001). Foram estimadas 37,7 mil UPAs produtoras de café no Estado de São Paulo em novembro de 2001, com 224,9 mil habitantes. Por meio dos levantamentos disponí-veis, verificou-se maior ocupação de mão-de-obra em junho, em função da época de colheita do produto. Em 2002 foram ocupadas 165,3 mil pessoas, sendo 98,8 mil na categoria familiar (residentes e não residentes nas UPAs) notadamente proprietários, que corresponderam a 73,3% do total (72,4 mil). A seguir vem a parceria com 22,6% (22,3 mil), sendo menor a participação dos arrendatários. Foram computados cerca de 66,5 mil assalariados fixos (residentes e não residentes nas UPAS). Os salários dos mensalistas e dos tratoristas residentes nas UPAs foram estimados em R$258,80 e R$ 326,50 (valores de novembro de 2001), respectiva-mente. Do total de trabalhadores familiares, 6,4% possuíam menos de quinze anos (6,4 mil) enquanto que na categoria de assalariados fixos esse percentual foi de 11,0%. Em safras favoráveis como a de 2002, a
ocupação de volantes atingiu cerca de 90 mil trabalhadores em junho. No trabalho volante, os menores de quinze anos representaram apenas 0,6%. Nas UPAs com café, estavam também ocupadas cerca de 5 mil pessoas em atividades não agrícolas (industriais, administrativas e de serviços). Outras 1,5 mil, com residên-cia na UPA, estavam empregadas em atividades industriais e de serviços na cidade. Mais da metade das UPAs com café apresentaram gado bovino, sendo a proporção de suinocultura bem menor. A cultura mais freqüente foi o milho, combinado ou não com o café. Apenas 9% das UPAs informaram empregar administrador, o que denota a importância da participação dos proprietários e familiares na condução dos cafezais. |
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