Resumo:
Varias técnicas vem sendo usadas para mensurar o estresse nas plantas do cafeeiro, principalmente na área de irrigação, tais como teor relativo de água, temperatura, potencial da água das folhas; dentre outras. Sendo assim, com o intuito de estudar mais sobre a influência da qualidade da água para irrigação do cafeeiro, montou-se um experimento com mudas de cafeeiro submetido a irrigação com diferentes níveis de salinidade com finalidade de relacinar o potencial da água nas folhas e o nível de salinidade na água de irrigação. Conduziu-se um experimento em ambiente protegido, um ensaio inteiramente casualizado com 5 tratamentos e 5 blocos, onde aplicou-se água de irrigação com concentrações de 0,0; 0,6; 0,9; 1,2 e 1,5 dS m-1. Avaliou-se a condutividade elétrica dos substratos, medido através do condutivimento, extraidos da solução do solo e o potencial da água nas folhas utilizando câmara de pressão (Model 3005, Soil Moisture Equipment Corporation, Santa Barbara, CA USA) (Kaufmann, 1968) nas mudas da variedade Acaia Cerrado MG 1474 aos 73, 103 e 163 dias de irrigação. A condutividade elétrica (CE) do substrato aumentou com o passar do tempo e também no tratamento com água de 0,0 dS m -1 . No controle, a CE média das três avaliações foi de 5,40 dS m-1. Já para tratamento com máxima salinidade, aos 163 dias apresentou 8,82 dS m-1. O mesmo comportamento foi apresentado para o potencial da água nas folhas nestas mudas. Em média para os tratamentos com água salina o potencial da água nas folhas foi de -6,21 bar nas três avaliações. O valor máximo foi no tratamento que recebeu 163 dias com água a 1,5 dS m -1 , em que foi de 11,13 dS m-1. Conclui-se que a muda do cafeeiro pode desenvolver-se satisfatoriamente até a uma condutividade elétrica de 5,40 dS m-1 e que nestas condições o potencial da água na folha deve ficar próximo a -6,00 bar.
Descrição:
Trabalho apresentado no Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil (3. : 2003 : Porto Seguro, BA). Resumos. Brasília, D.F. : Embrapa Café, 2003.