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Rosado, Maria C.; Venzon, Madelaine; Amaral, Dany S.S.L.; Ciociola Jr., Américo I. Efeito do óleo de Nim na oviposição e no desenvolvimento do bicho- mineiro do cafeeiro. In: Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil e Workshop Internacional de Café & Saúde, (3. : 2003 : Porto Seguro). Anais. Brasília, DF : Embrapa Café, 2003. (447p.), p. 337. |
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Dependendo da severidade do ataque de pragas, o cultivo do café pode ser inviabilizado quando medidas de controle não são empregadas. Em sistemas de cultivo de café onde não é permitido o uso de agrotóxicos, como o orgânico, para que o sistema seja viável há a necessidade do desenvolvimento de medidas alternativas de controle de pragas, em especial para o bicho mineiro Leucoptera coffeella (Guérin-Méneville) (Lepidoptera: Lyonettidae), uma das principais pragas da cultura. O uso de extratos e óleos de plantas com potencial inseticida é uma medida alternativa de controle permitida em plantios orgânicos. O objetivo deste trabalho foi avaliar a eficiência do óleo de nim (Azadirachta indica) na oviposição e no desenvolvimento de L. coffeella. Para avaliar o efeito do óleo de nim na oviposição de L. coffeella foi conduzido um experimento em gaiolas na casa de vegetação. Plantas de café tratadas com óleo de nim (NeemAzal TM -T/S) a 1.00% e plantas tratadas com água foram oferecidas as fêmeas de L. coffeella para oviposição. Foram feitas quatro repetições, utilizando-se seis plantas de café em cada
repetição. Avaliou-se o número de ovos depositados em cada planta após dois dias da liberação de L. coffeella nas gaiolas. Não foi verificada diferença significativa na percentagem de ovos depositados em plantas tratadas com nim (15,1 ± 9.2%) ou com água (18,2 ± 7,3%). Um segundo experimento foi conduzido no laboratório para avaliar o efeito do óleo de nim no desenvolvimento de L. coffeella. Folhas de café contendo ovos de L. coffeella foram pulverizadas com soluções aquosas do óleo de nim (0,25%, 0,50%, 0,75% e 1,00%), com Ethion (0,40%) e com água. Avaliou-se o número de minas formadas por folha, o tamanho das minas (comprimento máximo) e a percentagem de pupas formadas e de adultos emergidos. Não houve diferença entre o número de minas formadas em folhas tratadas com nim e com água, sendo estes números diferentes das folhas tratadas com Ethion, onde não houve formação de minas. Entretanto, apesar das minas terem sido inicialmente formadas nas folhas tratadas com nim, estas não evoluíram em tamanho, atingindo o comprimento máximo (mm) de 1,9 ± 0,6 (0,25%), 1,4 ± 0,8 (0,50%), 0,8 ± 0,7 (0,75%) e 1,2 ± 0,8 (1,0%), quando comparadas com o controle que atingiu em média 9.9 ± 3.5 mm. Não houve formação de pupas e adultos nas folhas tratadas com óleo de nim, enquanto que no controle, a percentagem de pupas formadas em relação às minas foi de 85,0 ± 22,4%, as quais deram origem a 100 % de adultos. Apesar das plantas tratadas com óleo de nim não terem sido repelentes à oviposição de L. coffeella, não houve evolução das minas inicialmente formadas,
indicando que o óleo de nim tem efeito deletério no desenvolvimento do bicho mineiro. O óleo de nim, portanto, pode ser um produto alternativo aos agrotóxicos para o controle de L. coffeella. |
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