Resumo:
O Govêrno Federal, por razões que provavelmente devem situar-se mais no plano político do que no plano econômico, vai fazer vigorar para a saída de 1957/1958 do nosso principal produto de exportação um mecanismo que pela sua inflexibilidade representa sérios perigos para a economia nacional. O Sr. Juscelino Kubstichek adiou, de fato, a <<marcha da produção>> sobre o Rio de Janeiro, mas teve de pagar por isso um preço que ainda não sabe ao certo qual será. Poderá ser muito pequeno (no caso em que as floradas sejam apenas normais e os operadores do mercado não resolvam repartir com os exportadores os maiores benefícios em cruzeiros) ou poderá ser tão grande que não poderemos pagar, a não ser à custa de um enorme sacrifício de toda a economia nacional.