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O serviço de Informação Agrícola do Ministério da Agricultura, honrou a cultura brasileira ao publicar A FAZENDA DE CAFÉ EM SÃO PAULO, obra de autoria de Olavo Baptista Filho – série Documentário da Vida Rural, n. 2. Vamos respingar algumas passagens desse notável livro. Logo no início observa, num retrospecto histórico: ‘Nos fins do século XVIII, o cafezal se fazia presente nas diversas localidades do Vale do Paraíba, tais como Guaratinguetá, Taubaté, Bananal, Pindamonhangaba e Jacareí. Esta última, aliás, assinalada por Saint-Hilare como rico centro cafeeiro. Terras ainda não utilizadas, fertilíssimas, proporcionaram magníficas produções anuais, que eram negociadas nos portos do Rio e Ubatuba. Nesta época não havia ainda qualquer ligação dessa região com a capital da Província ou mesmo com Santos, de sorte que o porto de Ubatuba, no litoral norte paulista, desempenhou durante algum tempo papel de relevo no escoamento da produção obtida nas fazendas do vale. Note-se que a produção em meados do século era de 550.000 arrobas para Bananal, 350.000 para Taubaté, e outro tanto para Pindamonhangaba.’ A propósito do trabalho escravo observa: ‘Até então, toda lavoura cafeeira de São Paulo, Minas, Rio e Espírito Santo baseava-se exclusivamente no trabalho escravo. A expansão do café deu no regime de trabalho servil. São Simão, Cravinho e Ribeirão Preto (região que durante muitos anos foi o principal centro cafeeiro do país) ganharam seus primeiros cafezais plantados pelo negro africanos.’ Sobre a significação da cultura cafeeira, escreve: A ‘fazenda de Café’ em São Paulo não é uma instituição meramente econômica, mas, além disso e sobretudo, um traço cultural na vida social paulista. |
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