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O discurso livro ‘A Ilusão Americana’, de Eduardo Prado, foi posto a venda no dia 4 de janeiro de 1893, tendo em seguida sido apreendido e a edição confiscada pela polícia. [...] Pelo que se logo no início da obra parece que s. s. se equivocou quanto às possibilidades do café no México. Afirmava o combatido monarquista: ‘Foi então que no Brasil houve ingênuos que começaram a se inquietar com a grande balela do café do México, e foi depois de ler algumas daquelas estatísticas ultra-fantasistas, que o sr. Quintino Bocaiuva fez propaganda republicana nuns artigos com este título: Olhemos para o México. Mais adiante assinala ainda com referencia ao café: ‘O General Grant, num discurso pronunciado em 1883, numa recepção ao general mexicano Porfírio Diaz, chegou a dizer que os Estados Unidos necessitavam de três cousas somente, porque o resto tudo tinham no seu país. As três cousas eram: café, açúcar e borracha. E o general disse: seja como for, havemos de ter café, açúcar e borracha. O general acentuou bem a frase seja como for (by anymeans), e no México esta frase foi tomada quase como uma ameaça. O problema do açúcar estava até certo ponto resolvido pela absorção das ilhas Havai, que, embora não admitidas na União americana, estão, para todos os fins práticos, como que anexadas aos Estados Unidos. O café, julgava o General Grant que viria com o México. A borracha para tê-la, é preciso ter o Amazonas’. Referindo-se ao tratado de reciprocidade comercial, que ficará ‘conhecido na história pelo nome de tratado Blaine-Salvador, porque os seus signatários são aquele estadista americano e o ministro brasileiro em Washington, sr. Salvador de Mendonça’ observa Eduardo Prado. |
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