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[...] “Foi o paraense Francisco de Mello Palheta quem teve a fortuna de trazer para o nosso país a semente fecundíssima do cafeeiro. [...] Em 1720, vindo de Amsterdam, era plantado o primeiro exemplar do cafeeiro em Surinam, na Guyana Holandeza. Os franceses de Cayenna, tendo notícias dessa nova cultura, não tardaram em conseguir sementes do vegetal [...]. O governo do Pará não poupou diligencias para conseguir sementes de cafeeiro, mas não só existia uma provisão real proibindo qualquer comércio com os franceses de Cayenna como a interdição de saída de sementes imposta pelos franceses, tornava precária qualquer tentativa nesse sentido. [...] De regresso de Cayenna, trouxe Palheta certa quantidade de sementes de café que distribuiu entre moradores de Belém.” [...] “Em São Paulo, até os dois primeiros terços do século passado o café não era conhecido senão como medicamento, e de tal modo receitado aos enfermos e vendido nas boticas.” [...] [...] “A situação atual da lavoura cafeeira no Brasil apresenta-se bafejada por uma incomparável prosperidade. Os cafeeiros em produção, no Brasil, atingem á formidável cifra de “dois bilhões, onze milhões, cento e trinta e seis mil, duzentos e setenta e um pés”, cuja produção total já se aproxima de “vinte milhões de sacas”! |
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