Angola na década de 70 ocupava lugar de destaque na produção de café em nível mundial. Na atualidade, o governo angolano busca recuperar sua antiga produção com o incentivo ao aumento da produção a partir da disponibilização de programas de financiamento agrícola aos produtores familiares que representam a maioria dos cafeicultores. Neste sentido, o conhecimento das áreas com aptidão agroclimáticas poderá contribuir para o maior sucesso do investimento em novos plantios nas áreas reconhecidamente indicadas para cultivo do café, bem como orientar na escolha das variedades mais adaptadas às regiões recomendadas ao cultivo mas que apresentam restrições quer hídricas ou térmicas. Desse modo, objetivou-se com o presente trabalho realizar um zoneamento agroclimático para cultura do café, visando constituir uma ferramenta fundamental no estabelecimento de diretrizes e prioridades para a revitalização da cafeicultura no país considerando suas particularidades climáticas em razão das necessidades da cultura. Foram então utilizados dados de temperatura média anual, precipitação total e efetiva. Foi realizado o balanço hídrico e calculada a deficiência hídrica anual para todos os 163 municípios de Angola e de regiões limítrofes. Utilizou-se o software ARCGIS versão 10.1 para espacialização dos resultados. Os resultados revelam que, considerando-se a precipitação efetiva, aproximadamente 1 % da área total de Angola (1.246.700 km 2 ) pode ser considerada apta, 20 % considerada marginal e as demais áreas consideradas inaptas ao cultivo do café arábica. Para o café robusta, 8 % da área total de Angola são consideradas marginais, 1 % considerada apta e as demais áreas consideradas inaptas para o cultivo do café robusta. Considerando-se a precipitação total para a realização do zoneamento, aproximadamente 2 % do território de Angola são considerados aptos para o cultivo da espécie arábica, 27,5 % são consideradas como áreas marginas e 71,4 % são áreas consideradas inaptas para o cultivo. Com relação ao robusta, aproximadamente 1 % da área total de Angola pode ser considerada apta, 11,8 % consideradas marginais e as demais áreas consideradas inaptas para o cultivo.
Angola in the 70s occupied a prominent place in coffee production worldwide. Currently, the Angolan government seeks to recover its former production with the incentive to increase production from the provision of agricultural finance programs to the family farmers who represent the majority of farmers. In this sense, knowledge of the areas with agro-climatic suitability may contribute to the further success of investment in new plantations in areas known to be suitable for cultivation of coffee, as well as guide in choosing the most appropriate varieties recommended for cultivation regions but have restrictions or hydric or thermal. Thus, the aim of the present work hold a agroclimatic zoning for coffee crop so that there is a fundamental tool in establishing guidelines and priorities for coffee revitalization in the country considering its climatic particularities due to the crop's needs. Then we use the average annual temperature data, full and effective precipitation. We carried out the water balance and calculated the annual water deficit for all 163 municipalities of Angola and neighboring regions. The ArcGIS software version 10.1 was used for spatial distribution of results. The results show that, considering the effective precipitation, about 1% of the total area of Angola (1,246,700 km2) can be considered suitable, 20% considered marginal and other areas considered unsuitable for cultivation of Arabica coffee. For robusta coffee, 8% of the total area of Angola are considered marginal 1% considered suitable and other areas considered unsuitable for cultivation of robusta coffee. Considering the total precipitation for the creation of zoning, about 2% of the territory of Angola are considered suitable for the cultivation of Arabica, 27.5% are considered marginal areas and 71.4% are areas considered unsuitable for cultivation. Regarding the robusta, approximately 1% of the total area of Angola may be considered suitable, 11.8% considered marginal and other areas considered unfit for cultivation.