Resumo:
Em virtude da carênciade informações sobre o gradiente vertical de pressão estática em uma massa granular de café em coco, com diferentes teores de umidade, este trabalho objetivou estimar os parâmetros de um modelo que pudesse explicar o comportamento da pressão estatica e m função da densidade do fluxo de ar, do teor de umidade, da massa específica global e da profundidade da camada do produto. Grãos de cafe em coco da variedade Catuaí, colhidos manualmente, com teor de umidade médio inicial de 1,89 b.s., foram submetidos à secagem em terreiro até que atingissem os teores de umidade desejados para o experimento. Para a realizaqão do experimento, f o i construído um dispositivo constituído basicamente de um ventilador centrífugo, uma câmara plenum e uma coluna de teste, na qual o produto foi colocado de maneira que não ocorresse compactação. Foram realizados testes com o café em coco que apresentava os seguintes teores de umidade: 0,14; 0,16; 0,20; 0,30; 0,45; 0,67; 0,91; 1,46 e 1,89 b.s.. Utilizaram-se valores de densidade do fluxo de ar compreendidos nos intervalos de 1 a 30 m3. min -1 .m .-2. Pelos coeficientes de determinação ajustados, concluiu-se que a variável teor de umidade do café em coco não teve influência significativa para o gradiente de pressão estática e que a densidade do fluxo de ar, em todos os testes,
foi a variável que mais contribuiu para a variação da pressão estática em função da profundidade da camada de grãos. Observou-se, também, que, apesar da variável teor de umidade não contribuir para o ajuste do modelo, o cafe úmido lavado
apresentou menor resistencia ao fluxo de ar do que o café seco. Comparado aos outros produtos agricolas, o cafe em coco
ofereceu menor resistencia à passagem do ar atraves de sua massa granular.