Resumo:
A Broca do café é praga-chave no sistema de Manejo Ecológico de Pragas do Cafeeiro (MEP). As fêmeas iniciam a alimentação sobre os frutos verdes em fase inicial de desenvolvimento, porém, a oviposição ocorre somente nos frutos com cotilédone apresentando baixo teor de umidade. O orifício de alimentação e/ou oviposição é realizado, preferencialmente, na região da coroa do fruto. As larvas recém- eclodidas iniciam a alimentação, danificando parcial ou totalmente as sementes, caracterizando-se como o dano direto da praga. O ciclo de vida é completo no interior do fruto, bem como o acasalamento, pois os machos possuem as asas membranosas atrofiadas. As fêmeas fecundadas migram para frutos sadios visando o início de um novo ciclo. O controle desta praga-chave é realizado com o uso de inseticidas aplicados a partir da fase inicial de desenvolvimento dos frutos, coincidente com o período de trânsito, quando as fêmeas estão em fase de migração dos frutos remanescentes da colheita para os frutos sadios da safra. Deste modo, a pesquisa teve por objetivo avaliar a eficiência do inseticida Safety (etofenproxi – inseticida do grupo químico éter difenílico em fase de pesquisa e registrado no MAPA sob No. 20809), nas doses de 0,5 e 0,7 L/ha e do inseticida IHI 88 A (inseticida e acaricida do grupo químico Pirazol em fase de pesquisa e registrado no MAPA sob No. 143611), nas doses de 0,75; 1,00; 1,25; 1,50 e 1,75 L de produto comercial/ha, ambos associados ao Iharol (óleo mineral; 0,5%) e comparados ao Endossulfan Milenia (endossulfan; 2,0 L/ha), no manejo da Broca do café, pelo método do bioensaio laboratorial.