As variáveis de custos da cultura do café precisam ser analisadas e controladas para que o produtor consiga alcançar uma rentabilidade satisfatória. Essa cultura sofre influência de diversos fatores incontroláveis, como os aspectos fisiológicos, os ambientais, os tratos culturais, além do mercado. Porém existem aqueles que o empreendedor pode controlar, como é o caso da alocação dos recursos de produção. Nesse contexto, o presente trabalho teve como objetivo identificar as variáveis de custos da cultura do café arábica que apresentaram diferenças significativas dentro do aspecto temporal, no período de 2003 a 2009, e dentro da perspectiva espacial, analisando as variações entre algumas cidades das principais regiões produtoras do país, e entre essas regiões. Utilizou-se, como metodologia, a abordagem quantitativa, constituindo-se em uma pesquisa descritiva, sendo que o procedimento de coleta de dados empregado foi a pesquisa documental. Para a análise, utilizaram-se as ferramentas estatísticas Análise da Variância e o teste de Scott e Knott (1974). A análise de resultados mostrou que a cidade de Luís Eduardo Magalhães apresentou custos bem acima da média das demais cidades. No entanto, de acordo com os dados da CONAB, emprega-se o cultivo semiadensado nas lavouras de café dessa cidade, com 100% de irrigação, além de predominar a utilização de elevado padrão tecnológico. Essas considerações podem justificar os altos custos dos seus cafezais. Por outro lado, verificou-se em Luís Eduardo Magalhães, uma produtividade em torno de 50 sacas de café por hectare, porquanto as outras cidades analisadas registraram uma média de 23 a 30 sacas de café por hectare. Contudo os itens de custos, para as demais cidades e regiões, sofrem variações de forma não tão acentuada como ocorre em Luís Eduardo Magalhães. As variáveis com maior impacto sobre os gastos totais de uma lavoura de café arábica são: mão de obra temporária e fixa, em torno de 32%, e fertilizantes e agrotóxicos, cerca de 30% sobre os totais de gastos. Na análise entre os anos, constatou-se que, praticamente, não houve diferença entre as médias das variáveis de custos, visto que se utilizaram os valores médios de custos das principais cidades produtoras de café arábica do país.
Cost variables in coffee culture ought to be analyzed and controlled; in order the producer aims a satisfactory profitability. This culture is influenced by several incontrollable factors such as physiologic and environmental aspects, culture tract and market. However, there are some factors that the undertaker may control such the production resources allocation. In this context, this study aimed to investigate the differences between the Arabic coffee culture cost variables from 2003 and 2009, temporal perspective and, within the spatial perspective, to analyze the variations in some cities in the main producer regions in Brazil, as well between different regions. It was a quantitative and descriptive search. Data were collected by documental search. Analysis tools were Variance Analysis and Scott and Knot test (1974). The results show that Luís Eduardo Magalhães is a city that shows costs over the average of other cities. However, according to CONAB data, the semi-dense cultivation is employed in coffee plantations with 100% of irrigation as well an elevated technological pattern is used. These factors may justify the high costs of coffee plantation.Oh the other hand, it was verified a high productivity near to 50 bags per hectare and the other cities shoed an average of 23- 30 bags per hectare. Nevertheless, the cost items for the other cities and have a variation so not as pronounced as it occurs in Luís Eduardo Magalhães. The variables that most impacted the amount of an Arabic coffee plantation costs are: temporary and fixed labor, near to 32%; fertilizers and pesticides, near to 30% of costs. In temporal analysis, it because one used average costs in the main Brazilian Arabic coffee producer cities.