Resumo:
Objetivou-se estudar os efeitos da adição de uréia de cloreto de potássio na absorção de zinco pelas folhas do cafeeiro. A mobilidade e a distribuição subcelular do zinco absorvido, bem como as relações entre o teor foliar de zinco e os crescimentos vegetativo e reprodutivo do cafeeiro, também foram objetos de estudo. O cloreto de potássio. ao contrário da uréia, aumentou a absorçãoo foliar do zinco pelo cafeeiro. O teor foliar de potássio não se alterou. A absorção foliar de zinco foi bastante rápida, com 60 a 70% do teor máximo sendo alcançado com apenas três horas a partir do inicio da absorção. A aplicação simultanea de cloreto de potássio acelerou o processo. No campo, os teores de zinco em folhas correspondentes ao terceiro par. A época da pulverização. observados aos 3 dias após a aplicação, não diferiram daqueles verificados aos 30 e 60 dias nas mesmas condições. Observou-se a imobilidade acrópeta do zinco quando aplicado às folhas. A quantidade de zinco presente na parede celular, aumentou rapidamente após a pulverização. verificando-se um máximo entre 20 e 30 horas, decaindo em seguida. Essa
retenção inicial na parede foi aumentada pela inclusão do cloreto de potássio na solução de pulverização. Verificou-se o inicio do acúmulo de zinco na fração "solúvel '' logo após a pulverização. indicando que a parede celular não foi eficiente no sentido de evitar excessos de zinco na f ração "solúvel ". A expansão foliar foi maior quando os teores de zinco nas folhas situaram-se entre 20 e 30 ppm. Estando estes acima de 40 ppm, a produção de frutos foi drasticamente reduzida. A produçãoo máxima associou-se a um teor foliar de zinco de 20 ppm. Os efeitos na área foliar foram mais evidentes a partir do 116o. dia após a primeira aplicação dos tratamentos ou do 38O dia após a segunda. Não foram verificados efeitos dos tratamentos nos teores foliares de Fe e P. nem correlação significativa entre o teor foliar de zinco e a atividade fotossintética.