Foram desenvolvidos quatro experimentos em Viçosa-MG, sendo três em casa de vegetação e um no campo. No primeiro experimento, foram avaliados os efeitos da interferência de sete espécies de plantas daninhas, no crescimento e no conteúdo relativo de macro e micronutrientes na parte aérea de mudas de café. Para isso, as plantas daninhas conviveram, em vasos (12 L), nas densidades de 0, 1, 2, 3, 4 e 5 plantas por vaso, com uma muda de café, durante 77 dias - Bidens pilosa, 98 dias - Brachiaria decumbens, 180 dias - Commelina diffusa, 82 dias - Leonurus sibiricus, 68 dias - Nicandra physaloides, 148 dias - Richardia brasiliensis e 133 dias - Sida rhombifolia. No segundo experimento, avaliou-se a eficiência do carfentrazone-ethyl (0, 10, 20, 30, 40 e 50 g ha-1) isolado e associado com o glyphosate e, ou, glifosate potássico, ambos na dose de 720 g ha-1, no controle de Commelina diffusa e C. benghalensis, cultivadas em vasos (12 L), por 120 dias. No terceiro experimento, foi avaliada a eficiência de misturas de herbicidas, envolvendo combinações de carfentrazone-ethyl, glyphosate, glifosate potássico, paraquat, diuron, flumioxazin, 2,4-D, metsulfuron methyl, oxyfluorfen e sulfentrazone, no controle daquelas duas espécies de Commelina. No último experimento, avaliou-se o efeito do 2,4-D na queda de frutos, de ramos plagiotrópicos nos terços inferior e superior da planta, e na produção do cafeeiro. Esse herbicida foi aplicado lateralmente à saia do cafeeiro, nas doses de 0, 335, 670 e 1.005 g ha-1. B. pilosa, C. diffusa, L. sibiricus e R. brasiliensis, mesmo em baixas densidades, acarretaram decréscimos consideráveis no crescimento e no conteúdo relativo de nutrientes (CR) das plantas de café. B. pilosa foi a única planta daninha que causou reduções de todas as características (altura, diâmetro do caule, número de folhas, biomassa seca da parte aérea e CR) avaliadas na parte aérea de plantas de café e que extraiu a maior quantidade de nutrientes. N. physaloides e S. rhombifolia foram as espécies que causaram menor interferência no cafeeiro. O grau de interferência (ou de competição) variou com a espécie e com a densidade das plantas daninhas. C. diffusa foi mais tolerante ao carfentrazone-ethyl, isolado ou associado com o glyphosate ou glifosate potássico do que C. benghalensis. Tanto o glyphosate quanto o glifosate potássico, isolados, näo foram eficientes no controle de ambas as espécies de trapoerabas. A associaçäo do carfentrazone-ethyl com glyphosate e, ou, glifosate potássico proporcionou controle de 71 a 80% de C. difusa e superior a 81% de C. benghalensis, principalmente quando o carfentrazone-ethyl fez parte dessas misturas, em doses superiores a 30 g ha-1. Apenas uma aplicação, mesmo dos tratamentos mais eficientes, não foi suficiente para o controle definitivo de Commelina spp., haja vista a rebrota de C. diffusa e a reinfestação dos vasos por C. benghalensis. As aplicações seqüenciais, com intervalo de 21 dias, de (paraquat + diuron) + (carfentrazone-ethyl + glyphosate) e, também, de (paraquat + diuron) + (paraquat + diuron), foram os tratamentos mais eficientes sobre C, diffusa e C. benghalensis. No último experimento, o 2,4-D (aplicado 10 dias após a primeira ou a terceira floradas) não afetou a queda de frutos. O aumento da dose de 2,4-D causou reduções de até 13% no pegamento de frutos, que foi menor em ramos do terço inferior da planta (53,2%) do que do terço superior (60,6%). Possivelmente, isso foi devido à intoxicação das plantas na saia, pela deriva do 2,4-D. Esse herbicida, em doses de até 1.005 g ha-1, em aplicação dirigida após a primeira ou terceira floradas, não afetou a produção final das plantas de café.
Four experiments were conducted in Viçosa, Minas Gerais State, Brazil, three of them in a greenhouse and the other in a field coffee plantation. In the first experiment it were evaluated the effects of seven weed species interference, at densities of 0, 1, 2, 3, 4 and 5 plants per pot, on the growth and on the relative contents of macro and micro-nutrients in shoot dry matter of coffee plants. The weeds coexisted in 12 L pots, at those densities, with one coffee seedling, during 77 days - Bidens pilosa, 98 days - Brachiaria decumbens, 180 days - Commelina diffusa, 82 days - Leonurus sibiricus, 68 days - Nicandra physaloides, 148 days - Richardia brasiliensis and 133 days - Sida rhombifolia. In the second experiment, it was evaluated the efficiency of carfentrazone-ethyl (O, 10, 20, 30 40 and 50 g ha"), isolated or combined to either glyphosate or glyphosate-potassium salt, these applied at doses of 720 g ha-1, on the control Commelina diffusa and C. benghalensis grown in 12 L pots during 120 days. In the third experiment, it were evaluated the efficiency of herbicide mixtures involving combinations of carfentrazone-ethyl, glyphosate, glyphosate- potassium salt, paraquat, diuron, flumioxazin, 2,443, metsulfuron methyl, oxyfluorfen and sulfentrazone, on the control of that both Commelina species. In the last experiment, it were evaluated the effects of 2,443 on fruit shedding, either in lower or upper plagiotropic branches as well as on crop yield. This herbicide was laterally applied to coffee plants at doses of O, 335, 670 and 1.005 g ha". B. pilosa, C. diffusa, L. sibiricus and R. brasiliensis, even at low densities, imposed marked decreases on both growth and relative contents of nutrients (RC) of coffee plants. 6. pilosa was the unique weed providing reductions of all coffee plant characteristics (plant height, leaf number, shoot dry matter and RC) and taken up the greatest nutrient amounts. N. physaloides and S. rhombifolia induced the smallest interference on coffee plants. The interference (or competition) degree depended on both specie and density of weeds. C. diffusa was more tolerant to carfentrazone-ethyl alone or combined with both glyphosate or glyphosate-potassium salt than was C. benghalensis. Both glyphosate and glyphosate-potassium salt were not efficient when applied isolatedly, regardless of the weed species. The association of carfentrazoneethyl with glyphosate or glyphosate-potassium salt was translated into 71 to 80% control for C. diffusa, and above 81% for C. benghalensis, particularly at mixtures with doses of carfentrazone-ethyl above 30 g ha-1. Irrespective of treatments, a single herbicide application did not decisively control Commelina spp., due to the recovery of C. diffusa as well as pot reinfestation by C. benghalensis. The sequence applications spaced of 21 days of (paraquat + diuron) + (carfentrazone-ethyl + glyphosate), and (paraquat + diuron) + (paraquat + diuron) were the most efficient treatments on the control of both C. diffusa and C. benghalensis. In the last experiment, 2,443 (applied at 10 days after either the first or third blossoming) did not affect fruit fall. Increasing 2,4-D doses reduced fruit set by 13%, with less pronounced affects in lower branches (53,2%) than in upper ones (60,6%). Possibly, this was due to injury to the bottom of plant canopies caused by 2,4-D drift. Maximum 2,4-D doses employed did not affect the final yield per plant neither when applied just after the first flowering nor after the third one.