O mosquito Aedes aegypti é o vetor de importantes arboviroses humanas, responsáveis pela alta mortalidade e morbidade humana. Esses insetos são holometábolos, com ciclo de vida dividido em quatro fases distintas. A primeira fase é composta pelos ovos, caracterizados pela sua alta resistência à dessecação, após a eclosão, temos a segunda fase que corresponde as larvas, separadas em quatro estádios. Após o quarto estádio larval forma-se as pupas, que caracteriza o início dos processos de metamorfose. A fase adulta é caracterizada pelo dimorfismo sexual, onde as fêmeas de A. aegypti necessitam da refeição de sangue, para maturação dos ovários e consequentemente a ovogênese. O intestino médio é um órgão importante no mosquito A. aegypti, atuando em diferentes processos fisiológicos, além de estar associado a multiplicação e transmissão de diferentes patógenos. O epitélio do intestino médio é formado por três tipos celulares: células digestivas, responsáveis pela digestão e absorção de nutrientes, células regenerativas ou células tronco, e a células enteroendócrinas. Todo o epitélio é completamente remodelado durante a metamorfose, que segue um padrão de descarte do epitélio do intestino médio larval e substituição por um novo epitélio nas pupas, que irá amadurecer formando o epitélio do adulto. O A. aegypti é alvo de diversos estudos relacionados ao seu controle, por ser um importante vetor. Há diferentes meios de controle do mosquito A. aegypti, que inclui métodos mecânicos, químicos e biológicos. O método químico, através do uso de inseticidas, tem sido o mais utilizado, porém, estes podem ser tóxicos e levar a resistência dos mosquitos. Assim, novos estudos têm sido feitos utilizando compostos naturais, com potenciais efeitos larvicidas. Compostos como a cafeína e a borra de café, tem demostrado efeitos deletérios sobre o mosquito, podendo causar toxidade, bloqueando o desenvolvimento larval, sendo um método promissor para o controle alternativo de A. aegypti.
The Aedes aegypti mosquito is the vector of important human arboviruses responsible for high human mortality and morbidity. These insects are holometabolous, with life cycle divided in four distinct phases. At first, there are the eggs, characterized by their high resistance to desiccation, after hatching; the eggs originate the larvae, divided to in four stages. After the fourth larval stage, the pupae emerge, which characterizes the beginning of metamorphosis. The adult have sexual dimorphism, where the females require a blood meal, for maturation of the ovaries and consequently oogenesis. The midgut plays an important role in the A. aegypti mosquito, acting in different physiological processes, besides being associated with the replication and transmission of different pathogens. Three cell types form the midgut epithelium: digestive cells, regenerative cells or stem cells, and enteroendocrine cells. The entire epithelium is completely remodeled during metamorphosis, which follows a pattern of discarding of the larval midgut epithelium and replacement by a new epithelium in the pupae, which will mature to form the adult epithelium. A. aegypti is the target of several studies related to its control, being an important vector. There are different methods for controlling the mosquito, which includes mechanical, chemical and biological methods. The chemical method, through the use of insecticides, has been the most widely used; however, these can be toxic and lead to mosquito resistance. Thus, new studies have been done using natural compounds, with potential larvicidal effects. Compounds such as caffeine and used coffee grounds have shown deleterious effects on the mosquito, which can cause toxicity, blocking development before reaching the adult stage, showing that this compound has larvicidal activity, promising for the alternative control of A. aegypti.