Physiological selectivity of insecticides to eggs and larvae of predator chrysoperla externa (Hagen) (Neuroptera: Chrysopidae)

Abstract

Given the importance of green lacewings as agents of biological pest control, the present study aimed to evaluate the toxicity of insecticides used on coffee crops on the eggs and larvae of Chrysoperla externa. The insecticides tested were (g or mL a.i./L) chlorpyrifos (2.25), cartap hydrochloride (1.66), pyriproxyfen (0.33), profenofos/lufenuron (1.33/0.13), fenpropathrin (0.40), triazophos/deltamethrin (0.70/0.02) and zetacypermethrin (0.05). The insecticides, when applied directly on the eggs, caused no adverse effects on the duration of the embryonic period. After the application of triazophos/deltamethrin, pyriproxyfen, profenofos/lufenuron and zetacypermethrin, a reduction in egg viability was induced. The insecticides triazophos/ deltamethrin, chlorpyrifos, and profenofos/lufenuron reduced the survival of newly hatched first instar larvae from treated eggs. The first instar larvae that were treated directly were sensitive to the effects of the products used, with the effect of triazophos and chlorpyrifos/deltamethrin being high. The survival of the second instar larvae was reduced by zetacypermethrin, fenpropathrin, profenofos/lufenuron, and cartap hydrochloride. The products chlorpyrifos and triazophos/deltamethrin also did not allow second instar larvae survival. For treated third instar larvae, chlorpyrifos and triazophos/deltamethrin allowed survival of only 20.0 and 57.5%. Eggs and larvae of C. externa showed sensitiveness to insecticides chlorpyrifos and triazophos, being needed more studies in semi-field and field conditions for the confirmation or not of the toxicity aiming the conservation of this predator specie on the coffee agroecosystem.

Diante da importância dos crisopídeos como agentes de controle biológico de pragas, o presente estudo teve como objetivo avaliar a toxicidade de inseticidas utilizados na cultura cafeeira sobre ovos e larvas de Chrysoperla externa. Os inseticidas testados foram (g ou mL i.a./L) clorpirifós (2,25), cloridrato de cartape (1,66), piriproxifem (0,33), profenofós/ lufenurom (1,33/0,13), fenpropatrina (0,40), triazofós/deltametrina (0,70/0,02) e zetacipermetrina (0,05). Os produtos fitossanitários aplicados diretamente sobre ovos não causaram efeitos negativos sobre a duração do período embrionário. Após a aplicação de triazofós/deltametrina, piriproxifem, profenofós/lufenurom e zetacipermetrina ocorreu redução na viabilidade dos ovos. Os produtos triazofós/deltametrina, clorpirifós e profenofós/lufenurom provocaram diminuição na sobrevivência de larvas de primeiro instar recém-eclodidas, oriundas de ovos tratados. As larvas de primeiro instar diretamente tratadas foram sensíveis aos efeitos dos produtos utilizados, sendo que clorpirifós e triazofós/deltametrina foram mais tóxicos. A sobrevivência das larvas de segundo instar tratadas foi reduzida por zetacipermetrina, fenpropatrina, profenofós/lufenurom e cloridrato de cartape. Os produtos clorpirifós e triazofós/deltametrina também não permitiram que larvas de segundo instar tratadas sobrevivessem. Para larvas de 3° instar tratadas, clorpirifós e triazofós/deltametrina permitiram a sobrevivência de apenas 20,0 e 57,5%. Ovos e larvas de C. externa mostraram-se sensíveis aos inseticidas clorpirifós e triazofós/deltametrina, necessitando de novos estudos em condições de semicampo e campo para confirmação ou não da toxicidade, visando à conservação dessa espécie de predador no agroecossistema cafeeiro.