Predatory capacity of Chrysoperla externa (Hagen, 1861) (Neuroptera: Chrysopidae) on Brevipalpus phoenicis (Geijskes, 1939) (Acari: Tenuipalpidae)

Abstract

Chrysoperla externa (Hagen, 1861) (Neuroptera: Chrysopidae) is present naturally in many plants, as a natural enemy with a high predatory potential. The mite Brevipalpus phoenicis (Geijskes, 1939) (Acari: Tenuipalpidae) is a polyphagous pest and is the vector of the coffee ring spot virus in coffee plants. This work was made to evaluate the predatory capacity of C. externa larvae on B. phoenicis through bioassays. The experiments were done under laboratory conditions, using 3-cm diameter arenas made up of Catuai coffee leaves (Coffea arabica L.). Fifty mites were placed in each arena for each development phase and green lacewing larva (1st 2nd and 3rd instar), with 16 replicates. The evaluation period was of 4 hours. First instar larvae showed better predatory capacity when compared to those of second and third instars regardless the mite developmental stage. Preference of first instar larvae of C. externa was for eggs, followed by larvae, nymphs and finally by adults of B. phoenicis. Therefore, results indicate that larvae of C. externa can act as an auxiliary organism in regulating B. phoenicis populations in coffee trees agroecosystems.

Chrysoperla externa (Hagen, 1861) (Neuroptera: Chrysopidae) ocorre naturalmente em diversas plantas hospedeiras, apresentando-se como um inimigo natural com grande potencial de predação. O ácaro Brevipalpus phoenicis (Geijskes, 1939) (Acari: Tenuipalpidae) é polífago e no cafeeiro é vetor do vírus da mancha-anular. Objetivou-se com este trabalho avaliar a capacidade predatória de larvas de C. externa sobre B. phoenicis, mediante bioensaios. Os experimentos foram realizados em laboratório, empregando-se arenas com 3 cm de diâmetro, confeccionadas com folhas de cafeeiro Catuaí (Coffea arabica L.). Em cada arena foram colocados 50 ácaros, em cada fase do desenvolvimento, e uma larva do crisopídeo (1o; 2o e 3o instar), com 16 repetições. O período de avaliação foi de quatro horas. As larvas de primeiro ínstar apresentaram capacidade predatória superior em relação àquelas de segundo e terceiro ínstares. Houve preferência das larvas de primeiro ínstar pela predação de ovos, seguida das larvas, ninfas e, por último, de adultos de B. phoenicis. Os resultados obtidos permitem inferir que larvas de C. externa podem estar atuando como organismo auxiliar na regulação da densidade populacional do ácaro B. phoenicis em agroecossistemas cafeeiros.