Resumo:
Avaliou-se a seletividade fisiológica de alguns produtos fitossanitários utilizados em cafeeiro a larvas de Chrysoperla externa (Hagen) e seus reflexos nas fases subseqüentes do desenvolvimento do predador. Os tratamentos avaliados, em g i.a./L de água foram: 1- endosulfam (Thiodan 350 CE - 1,75), 2- clorpirifós (Lorsban 480 CE - 1,2), 3- betaciflutrina (Turbo 50 CE - 0,013), 4- enxofre (Kumulus 800 PM - 4,0), 5- azociclotina (Peropal 250 PM - 0,31), 6- oxicloreto de cobre (Cuprogarb 500 PM - 5,0) e 7- testemunha (água). As pulverizações foram realizadas em larvas de primeiro, segundo e terceiro ínstares de C. externa, por meio de torre de Potter. Em seguida, as larvas foram individualizadas em tubos de vidro e mantidas em câmara climatizada regulada a 25 ± 2ºC, UR de 70 ± 10% e fotofase de 12h. A toxicidade dos produtos foi calculada em função do seu efeito total (E) e categorizada conforme escala proposta pela IOBC. Clorpirifós e betaciflutrina foram nocivos a larvas de primeiro ínstar (E > 99%) e os demais foram seletivos. Clorpirifós foi também tóxico a larvas de segundo e terceiro ínstares, sendo os demais compostos inócuos ao predador (E < 30%). Nenhum dos produtos avaliados afetou a duração e sobrevivência de pupas, ou a razão sexual e fase adulta dos indivíduos provenientes de larvas tratadas. Endosulfam, enxofre, azociclotina e oxicloreto de cobre foram seletivos para larvas de primeiro, segundo e terceiro ínstares de C. externa e não afetaram as fases subseqüentes do desenvolvimento desse crisopídeo, podendo ser utilizados no manejo de pragas na cultura do cafeeiro.